Hoje decidi ouvir Fado enquanto estudava Projecto Europeu. Não sei, considero uma espécie de protesto contra aquilo que acho mal no projecto em si (e vocês sabem que eu não sou nacionalista).
Pego nos CD's da mamã (com muita pena minha, a agulha do giro-discos está estragada) e venha de lá o faduncho para contrastar com a União Europeia e as questões de soberania! Encontrei uma frase genial, num poema genial que vou escrever em baixo, com a frase sublinhada e tudo.
O Camus diz(ia) que o homem absurdo não tem esperanças, mas tenho mesmo que perguntar: será que é desta que eu vou partir?
"Partir é Morrer um Pouco"
"Adeus parceiros das farrasDos copos e das noitadas
Adeus sombras da cidade
Adeus langor das guitarras
Canto de esperanças frustradas
Alvorada de saudade.
Meu coração como louco
Quer desgarrar-me do meu peito
Transforma em soluço a voz
Partir é morrer um pouco
A alma de certo jeito
A expirar dentro de nós.
Voam mágoas em pedaços
Como aves que se não cansam
Ilusões esparsas no ar.
Partir é estender os braços
Aos sonhos que não se alcançam
Cujo destino é ficar.
Deixo a minh’alma no cais
De longe canto sinais
Feitos de pranto a correr.
Quem morre não sofre mais
Mas quem parte é dor demais
É bem pior que morrer!"
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