sábado, 4 de julho de 2009

Os Dias do Fado


Hoje decidi ouvir Fado enquanto estudava Projecto Europeu. Não sei, considero uma espécie de protesto contra aquilo que acho mal no projecto em si (e vocês sabem que eu não sou nacionalista).
Pego nos CD's da mamã (com muita pena minha, a agulha do giro-discos está estragada) e venha de lá o faduncho para contrastar com a União Europeia e as questões de soberania! Encontrei uma frase genial, num poema genial que vou escrever em baixo, com a frase sublinhada e tudo.


O Camus diz(ia) que o homem absurdo não tem esperanças, mas tenho mesmo que perguntar: será que é desta que eu vou partir?


"Partir é Morrer um Pouco"

"Adeus parceiros das farras

Dos copos e das noitadas

Adeus sombras da cidade

Adeus langor das guitarras

Canto de esperanças frustradas

Alvorada de saudade.


Meu coração como louco

Quer desgarrar-me do meu peito

Transforma em soluço a voz

Partir é morrer um pouco

A alma de certo jeito

A expirar dentro de nós.


Voam mágoas em pedaços

Como aves que se não cansam

Ilusões esparsas no ar.

Partir é estender os braços

Aos sonhos que não se alcançam

Cujo destino é ficar.


Deixo a minh’alma no cais

De longe canto sinais

Feitos de pranto a correr.

Quem morre não sofre mais

Mas quem parte é dor demais

É bem pior que morrer!"



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