Apercebo-me agora que todo o problema reside no equilíbrio. Na tentativa de o manter, e ao mesmo tempo, na impossibilidade ou, se calhar, na falta de vontade de o manter. Seja como for, "quem tudo quer, tudo perde".
Até que ponto interessa verdadeiramente à vida a prossecução de um meio termo, da "via do meio"? Se o equilíbrio fosse assim tão precioso, o mundo não seria feito de escolhas contraditórias e incompatíveis de equilibrar.
Torna-se necessário no meu espírito encontrar o equilíbrio entre duas escolhas obviamente incompatíveis:
- o próprio equilíbrio
- o radicalismo das escolhas.
E, no entanto, enquanto que o radicalismo do equilíbrio se me afigura possível ainda que altamente indesejável (pelo simples facto de me não ter sido proveitoso), já o equilíbrio do radicalismo não faz qualquer sentido, como é óbvio.
Torna-se, assim, necessário aprender a escolher.
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