terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mas porquê este estado de alma?


Tanta coisa para sentir
e eu sem nada aqui à mão...
Assim sendo,
que não me entendo,
não sou nem verso de canção.


Não me venham dar música
nem literatura
nem poemas
nem nenhuma citação;
não sou ninguém que valha a pena
dedicar tal atenção.


Assim cansada como estou,
no meio de tanta confusão,
não vale a pena,
não me liguem.
De que adiantam os livros
para quem sente com o coração?


Só queria descansar os braços
na areia do tempo,
"na aventura dos sentidos"...
Mas a areia faz comichão
e a música dói como o caraças!


Não me liguem...
Não digo coisa com coisa
nem coisa sem coisa.


As coisas não se dizem; sentem-se.


1 comentário:

Pearl disse...

Adorei, és a poetisa eleita e se não fosse esse estado de alma, poetisa não serias. Compreendo porque também sinto e será sempre assim. Resta-nos os pequenos momentos e, por assim serem, ao menos tornam-se especiais. Mas, pergunto eu, será que algum dia seremos felizes? Que significa isso? Será que o sabemos ser? Teremos de continuar a viver...